quinta-feira, 16 de junho de 2011

Louco

Mais uma vez iludi-me,
A pensar que não sentia
Enganei-me,
Querendo o que não queria

E aqui estou novamente,
Sozinho, com a minha mente
Pinto o quadro da solidão
Em tons escuros e carvão
Encerro os olhos no céu cinzento
Deixo-me consumir, pela loucura permanente

Encontro o único sentido em ti,
Mas prefiro loucura, que viver assim
Chama-me louco,
Pois amo mas já não me perco
Chama-me louco,
Pois o amor já não me inunda o intelecto

Engano-me, por certo
Mas distraio-me com a verdade
Ignoro, é certo
A minha vontade
Escondo-me, de facto
Na ilusão, e na sua simplicidade



Filipe Fernandes