segunda-feira, 18 de maio de 2015

Cidade

A cidade é o meu vicio,
Na paixão que me consome por inteiro
Á beira do precipício,
Onde a chama faz do meu coração braseiro
Perco-me entre o fumo e o cheiro
De como me assumo, não verdadeiro,
Nunca me vendi por inteiro
Tive medo que não comprasses,
Mas se o amor é uma venda, prefiro dar-te uma prenda
E amar-te nestas frases

A solidão é a minha casa,
um fogo que arde em pouca brasa
Encontro companhia na tua voz rouca que me embala
Mas amor é roleta russa e tu és a bala
E a sorte nunca esteve do meu lado
Dou o peito á bala, e saio magoado
Tudo isto por tentar escrever o nosso fado,
Quando não quiseste ser a minha cidade.



Filipe Fernandes