segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mendigo de coração

Acordei com o brilho dos teus olhos na cabeça
O clarão luminoso que peço que me endoideça
Leva-me ao limbo do mais altruísta sentimento
Onde eu movo montanhas, e tu és displicente,
Onde o pilar construído por nós
Desafia de braços abertos o destino mais atroz
E cai por terra, sem gestos, sem voz
Consumido pelo tempo que passa
Transformando cada olhar teu na minha desgraça

Travo a luta do amor por dois
Neste campo de batalha de puros sóis
A desilusão de quem sou,
E a ilusão de quem não sois
Nesses beijos, toques, abraços que o tempo levou
Ergo-me assim para o meu calvário
O homem,
Apaixonado pela mulher que deus amou

E, no celestial ar da tua graça
Á luz de quem há tua volta passa
Estou eu, mendigo de coração
Perguntando á irracional razão,
Se sabes quem somos,
Ou não?


Filipe Fernandes

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